18.5.06

Presença Ausente

Acordo a meio da noite cheio de palavras, mas quando realmente chega o momento não sei o que dizer, são essas as únicas palavras q tenho para ti...

Palavras são o que são, emoções são o que resta.

Conformei-me com o facto d estar só, aprendi a estar assim, foi o q me aconteceu, consigo estar tão perto d mim mas tão longe de toda a gente, de alguém...

Uma espécie de protecção da vida.

Mas o tempo corre, não espera por nós.

Tenho que parar de deixar para amanha o que posso fazer hoje mas é uma corrida contra o próprio feitio.

Tenho de parar de pensar no amanha, o amanha não existe, vive-mos aqui e agora. Aqui e agora, sou. Depois, depois logo se verá.

Não adianta fechar os olhos.
Não vale a pena viver na saudade do que podia ser.

Sei que tenho que lutar por algo que julgo que realmente me faz falta e que me podia completar, mas o alvo não é facilmente reconhecido por mim ou pelo “algo” que me comanda sobre o qual me vejo impotente em conseguir exercer qualquer tipo de pressão, “algo” que nao sou eu, “algo” que nao é meu mas o que é que sou eu e o que é que é meu?

Nada nos pertence.
Nada fica sempre em nós.
Tudo muda.

Tudo muda menos o constante apelo de ser, de apenas ser...

Felicidade que vai e volta...

Tantos sentimentos que não consigo fazer atravessar as fronteiras da minha mente, sentimentos enclausurado devido a qualquer coisa superior, superior em relação ao que sou mas muito inferior ao que gostava de ser.

É a sinfonia da vida, que toca sem parar te alcançarmos o momento em que tudo se inverte, a mudança que parece não nos querer invadir assim, de qualquer maneira...

Não acredito que ninguém sinta o mesmo que eu.
Não acredito que haja tempo para pensar.
Não acredito que a mudança esteja para breve.

Hoje e amanha, serei sempre assim?
Quem será que me pode salvar?
A resposta estará realmente mais perto que aquilo que penso?

No fundo tudo será facil de perceber nos é que somos cegos e como se isso não bastasse acreditamos apenas no que vemos...

E vemos tao pouco.
E acreditamos tao pouco.

Sem repostas, sou e continuo prisioneiro do meu próprio passado...

São danos colaterais das opções que tomamos, por vezes involuntariamente, sem darmos conta, que vão apagando os vestígios que ainda subsistiam de aquilo que já fomos e que muito provavelmente gostariamos de voltar a ser, como por magia, com um toque subtil...

Ate lá continuo a funcionar apenas como mais uma presença ausente.

4 comentários:

Anónimo disse...

so' nao tas grounded pelo teu jeitozinho ai acima expresso..agendazinha electronica desnaturadaaa bjaa@ kek keres k t diga mais?ja' sabes o q acho..

Anónimo disse...

Adorava conhecer.te...nao devem andar por ai muitos como tu...beijoo e escreve mais vezes...e' bom saber que ha'mais alguem c eu.um beijo enorme @ <3 @

Anónimo disse...

Gosto muito daquilo que escreves. Já cá venho a algum tempo e tenho que dizer (aquilo que já ouviste milhentas de vezes) que escreves muitíssimo bem. Já agora vi que gostas de Martina Topley Bird, eu também, mas já estou há muito tempo a tentar sacar o cd dela (o Quixotic) e nunca mais chega. Portanto se souberes de algum site onde eu possa sacar mais rápido, diz. Ou então fazias a gentileza de me mandar... mas isso já fica ao teu critério... Se decideres mandar aqui fica o meu mail: analuisa120@hotmail.com
continua a escrever que eu continuo a vir cá "ver-te". Fica bem

Deo.. disse...

Se calhar não és o único a pensar assim. POr ai, escondidas no silêncio estão muitas pessoas a pensar o mesmo, a debater-se com as mesmas questões. Talvez seja uma dessas pessoas, neste momento nem sei. Não sei o que penso, não sei o que sinto e pior do que isso, nem sequer sei o posso sentir. Devo continuar assim, na ignorância dos significados ou tentar encontrar respostas por pior que isso posssa ser para mim?! Gostava de saber... Talvez com o tempo as respostas apareçam.
Aqui deixo uma passagem de um livro que li recentemente e que demonstra o que sinto e penso neste momento da minha vida:
" Creio ouvir neste relato o de uma pessoa que continua com o olhar posto no regresso do que não foi. E não estou a dizer que não seja são atrever-me a esperar aquele que amo; refiro-me ao bom que seria não o esperar, deixando que o meu coração me saisse do peito com a surpresa de ver na linha do horizonte o que eu tanto desejava, mas já não esperava. Talvez isto ajude a não ser tão exigente com o que vem até mim pelo caminho.
Porque se esperar pela fanfarra com os galhardetes brancos e os estandartes dourados, e chegar com passo à caravana engalanada de verde e sem estandartes, correrei o perigo de não a reconhecer, de não me dar conta de que o desfile vem até mim, de o deixar passar sem festejos, de viver a chorar porque não aconteceu, quando, na realidade, não soube ver que estava a acontecer.."
E se estiver a acontecer e eu nem me conseguir aperceber disso?!

Desculpa a invasão mas identifico-me bastante com o que escreves e com a forma como exprimes o que sentes
beijo!
Deo*