21.3.05

Porque fui,sou. Porque sou, serei.

A pulsação é lenta...

Preciso de alguém que me encontre, não que me sinta totalmente perdido ou num "caos" porque isso faz-nos certificar que somos "estúpidos" e mesmo que o sejamos não vale a pena afirma-lo. De um certo modo parece que nos foi retirada a auto-estima e quão importante é esta para que consigamos manter o barco de frente, sem grandes oscilações. Parece que desapareceu o lado da intuição, o lado onde mora o coração, que nos guiava no escuro. Ao mesmo tempo parece que não faço por tentar mas, até tento, será que não? O que é preciso? O que é que falta?

É sentir a falta de algo exterior que puxe por nós.
É o sentirmo-nos algo e não alguém.
É o caminho não parecer o correcto.
Mas é a nossa vida!

"Round'n'round", assim me sinto, fecho os olhos, crio um mundo, passeio pelas ilusões sóbrias de pensamentos ébrios, imagino ser aquilo que não sou mas que no fundo poderei vir a ser. Quero pensar em algo que altere o ponto de ajuste a algo quase perfeito, não totalmente porque existe a tal lacuna apenas preenchível pelo toque único da realidade, só assim abriria os olhos e lançaria ao mundo um verdadeiro sorriso ou pelo menos uma maneira de estar alegre e verdadeiramente sentida.

A pulsação dispara, os pensamentos disparam, giram, não param...

Sei que não interessa o tempo que demorarmos, não interessa as mentiras que nos criam e que queremos acreditar, apenas "step by step" alcançaremos o juízo perfeito.
Havemos de agarrar o "algo" que paira sobre nós, a sombra das nossas ilusões turvas.
No fundo, para cada um existe alguém...

A pulsação esta' super calma.

Sinto-me "below zero".

Será o regresso do vazio?
Será a vontade inequívoca de voltar a pôr o pé em falso?

No fundo, quero acreditar que tenho um plano traçado mas hoje não, hoje quero estar assim...

6.3.05

Por de trás da tela

Como se de um retrato se tratasse, todos nós vamos pintando os traços que definem a nossa vida, traços amorosos, sim porque são esses que realmente pesam na nossa viagem, a vontade de perguntar porque é que estamos tão sós, mesmo com tanta companhia? Será que isso não faz sentido ? será que faz? será que não faz? E se fizer? E se não fizer?

Seguimos caminho por estas ruas iluminadas, fazem-nos pensar, fumamos a vida, respiramos até sufocarmos, sentimo-nos cada vez mais pequenos, todos os 7 dias da semana, valerá a pena tentarmos escapar sempre?

Temos medo a cada momento que passa, sabemos que nos encontramos a uma grande distância do que pretendemos, até pode ser que não mas o impasse está establecido.

Lembro-me de tudo o que tive e que desapareceu, sem avisar, de tudo aquilo que voltou e volta com a mesma facilidade com que havia partido, tudo para nos lembrar que tudo tem uma volta a dar, aquilo que achamos que nos é devido, principalmente ao coração pode estar ao nosso alcançe, talvez seja altura de parar de insistir em perpetuar a noção de que é impossível...

Sinto-me fora de mim...