20.6.05

Jogo de Sombras

Quem somos nós ?
Que é que vemos ?

Sombras, sombras que desvaneçem, que se acentuam, que ficam, que desaparecem.
Mas o tempo não pára...

Vivemos de pequenos momentos de êxtase, de deslumbramentos, de fantasia, de inquietudes.

Vejo um paradoxo em tudo, é sobre ele que me equilibro.

Quero ser aquilo que realmente sou mas sobretudo quero que consigam ver isso.
Quero mostrar o meu lado mais puro mas parece que só vêm ou só querem ver a minha sombra.

Todos nós, sem excepção, temos aspectos que não deixamos ninguem ver ou que ninguem consegue decifrar, sentimentos profundos, desejos secretos, mágoas recalcadas.
Quando realmente conseguirem ver esses aspectos, eu sou eu.

Mas conhecer realmente alguém é tão facil como voar...

Chega de fazer "rewind" e viver sobre memórias antigas, tristes, alegres, simplesmente... memórias.
Chega de querer voltar a pôr o pé na ténue linha de sentimentos antigos que inequívocamente tentamos voltar a despertar porque...

Hoje o tempo escorre pelos dedos das nossas mãos.
Hoje o tempo voa nas asas de um avião.

Tudo parece querer correr bem mas, e o "mas" está sempre presente apesar de já ter aparentemente decifrado todos os códigos possiveis há algo que me continua a escapar, pelos vistos há-de querer continuar sempre a faltar, há-de continuar a ser a minha triste linha de orientação...

Até lá, explico-me pelo que penso, conduzo-me pelo que sinto e pelo que sei que sou.

3 comentários:

Anónimo disse...

hum...

é engraçado. é mesmo. não conseguims viver como pensamos. mas pensamos como sentimos. é engraçado.
ás vezes, não tem piadinha nenhuma mesmo.


e se não conseguirem ver esses aspectos? e se pararem de olhar para a tua sombra...?
que é que vai restar das tuas memórias?

quando te conhecerem mesmo e souberem de facto o que te assalta. como vai ser?

às vezes acho que é bom não se saber assim tanto... até pk é habitual: quanto mais se vê, mais se quer saber. mais perguntas nascem. menos respostas.
ficar sem gosto.
e depois tens o tempo sempre a tonar tudo cada vez mais vago, num gigante ponteiro a perfurar a memória de uma forma inexplicavel...
no fundo, acho que é sempre assim..
temos que nos lembrar de tudo. para podermos encarar o que vem. (a menos que a cobardia seja de tal forma grande que só consigamos encarar por um segundo e em silêncio)

enfim...

tudo é um absurdo, sabes..?
ás vezes acho mesmo isso. por isso é que damos connosco a rir das ceninhas mais idiotas do mundo (e a chorar por vezes.) sem saber porquê...

não sei se sou capaz de me conduzir pelo que sinto. até porque muitas vezes é uma confusão de sentimentos.
[isto foi só 1 aparte...]

escreves bem.
sentes bem.
pensas bem.

e sabes disso.



bisous*

C.

Anónimo disse...

"Hoje o tempo escorre pelos dedos das nossas mãos
Hoje o tempo voa nas asas de um avião"

amei...

(sdds)*

Anónimo disse...

Abre-se uma porta num espaço repleto de falsos sorrisos... cai um, caem dois, e num peito aperta a mágoa de não os poder apanhar! O Vazio volta e sente-s a brisa leve que com ele tras as falsas e breves memórias d uma felicidade nem sempre feliz...

O tempo escorre-me assim como a ti... aperto contra um peito dorido, que sonha, acredita e nem sempre consegue!

Parto e entro na porta, na porta... num espólio de vidas e frases feitas que só me ferem e confundem, que só cobrem mais esta minha capa!
Um rótulo, um papel, uma linha... é o traço que conduz o caminho... o ir e vir, o sentir, o fugir... é o correr com medo de n chegar e o voltar atrás por estar perto de mais...

É o momento: vazio! É o jogo de sombras... é o pensar, o ser, o esconder...

És tu, nesta visão a preto e branco que temos de ti... é a corzinha ao fundo que eu vejo! És tu...